Em clima amistoso, o prefeito eleito Vinicius Camarinha (PSDB) e o atual prefeito Daniel Alonso (PL), ambos acompanhados de assessores, fizeram na tarde desta sexta-feira (1°), a primeira reunião de transição de governo. "O revanchismo (da campanha eleitoral) acabou", disse Vinicius. "Natural nesse período o clima ficar tenso, mas é preciso desmontar o palanque", completou Daniel.
Entre perguntas de Vinicius e algumas respostas de Daniel, o atual prefeito disse que há uma dívida de R$ 900 milhões na Prefeitura, sendo cerca de R$ 700 milhões desse valor débitos de aportes com o Instituto de Previdência (Ipremm). "O resto é com serviços".
O mesmo Daniel indagou: "quando vai ser pago?". Em gestos, respondeu: "não sei!".
E completou: "O problema do Brasil, arrecada menos que as despesas. Muitas coisas dependem da economia do país. Temos que torcer até para o Lula".
O prefeito eleito Vinicius Camarinha tem afirmado em entrevistas que a dívida da Prefeitura passa de R$ 1,5 bilhão.
A foto da transição: Tudo junto e misturado!
Vinicius pediu ao prefeito que está saindo para "refletir sobre licitações futuras que podem comprometer o seu plano de governo. Foge um pouco do que nos comprometemos, o orçamento do próximo ano".
O prefeito eleito ressaltou que Daniel "vai ser prefeito até o dia 31 de dezembro e pode fazer o que bem entender".
Daniel falou: "pode ter certeza, responsabilidade nós temos".
Vinicius não mencionou, mas referia-se por exemplo à licitações de quase R$ 17 milhões para elaboração de nova planta genérica e quase R$ 25 milhões com alugueis de programas de informática e botebooks. Quase a totalidade disso pela secretaria municipal da Educação.
O procurador-geral do Município, Alysson Alex, disse que são gastos "para cobrir os 25% da Educação", referindo-se à lei que exige investimentos desse percentual do orçamento no setor de educação.
Vinicius também pediu que Daniel providencie os documentos necessários para informações à sua equipe de transição e disse que pautou o plano de transição de acordo com o Plano Nacional de Transição. Entregou a Daniel uma cópia de relação de pedidos de documentos e informações. "Não tem nada de invenção".
O prefeito eleito quis saber sobre dívidas da Prefeitura. Daniel falou sobre débitos no setor de saúde, como dívidas de R$ 5 milhões com a Unimed e R$ 7 milhões com a Unimar.
Nos "finalmentes" do encontro de cerca de uma hora no gabinete da Prefeitura, Daniel Alonso disse que "está bem tranquilo. Amamos a cidade". Garantiu total apoio aos trabalhos de transição. "As portas estarão sempre abertas. Ninguém vai esconder documentos".
Ficou definido que as reuniões das equipes de transição ocorrerão às sextas-feiras.
Vinicius, Daniel Alonso e o vice-prefeito eleito, Rogerinho
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