O Original - 20 anos de bom Jornalismo! - INCONFUNDÍVEL!!!!
1/5
Buscar
J. POVO- MARÍLIA
17 de mai. de 20234 min de leitura
PM atingido por tiros após apreender veículo em blitz na região tem alta. Agressor morreu baleado
O soldado da Polícia Militar, Fábio Hatschbach Capuano, de 35 anos, que foi baleado em uma troca de tiros em Iepê e internado no Hospital e Maternidade de Rancharia, recebeu alta hospitalar.
O mecânico Fernando Paiano Gerônimo, que atirou nos policiais O CASO O mecânico Fernando morreu na madrugada do dia 8 de abril, após trocar tiros com os policiais militares. De acordo com a Polícia Civil, a vítima teve o carro apreendido por falta de licenciamento, durante uma blitz de trânsito, e atirou contra os agentes, que revidaram. O soldado da Polícia Militar Fábio Hatschbach Capuano foi atingido na cabeça e na mão pelo motorista.Conforme o Boletim de Ocorrência, dois policiais abordaram um carro durante um bloqueio de trânsito na Rua São Paulo. Ao consultar no sistema, os agentes constataram que o licenciamento do veículo estava vencido desde o ano de 2019 e, portanto, apreenderam o carro.Enquanto aguardavam a chegada de um guincho para recolher o automóvel, aproximadamente 1h30 depois da abordagem inicial, o motorista aproximou-se a pé do local da blitz e efetuou um disparo de arma de fogo contra um dos policiais, que fiscalizava uma motocicleta no momento.O cabo Fábio Vieira do Nascimento, que estava dentro da viatura preenchendo um relatório no momento, disse não ter visto quando o homem aproximou-se do local, porém, ouviu o “estampido”.Em seguida, o policial atingido disse algo para o cabo, que avistou o parceiro ferido por um tiro. O condutor do carro apreendido começou a disparar contra o cabo, que revidou os disparos.Ainda conforme o boletim, em determinado momento, o homem parou de atirar. Ao se aproximar, o policial avistou que o motorista havia sido atingido e “neutralizado”.Pouco tempo depois, a esposa do homem baleado chegou ao local e avistou a cena.A vítima chegou a ser socorrida e levada ao Hospital Municipal de Iepê, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.A arma utilizada pelo motorista, uma pistola de calibre 9mm, foi apreendida.Assim como também foram apreendidas as duas pistolas de calibre .40 que eram utilizadas pelos policiais militares.A Polícia Civil registrou o caso como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial, em relação à morte de Fernando Paiano Gerônimo, e como dupla tentativa de homicídio qualificado, por motivo fútil e por ser contra os policiais militares, quanto aos disparos feitos contra o cabo e o soldado.No tocante à conduta do cabo Fábio Vieira do Nascimento, o delegado Carlos Henrique Fernandes Gasques concluiu que "sua atitude está albergada por verossímil descriminante de legítima defesa à injusta agressão contra sua vida e do soldado Capuano, ao repelir a conduta delituosa". Com efeito, ele reconheceu provisoriamente a excludente de ilicitude, ressaltando também a sua apresentação espontânea.RELATOO cabo Fábio Vieira do Nascimento, contou como foram os momentos em que precisou reagir rapidamente para conter o ataque "inesperado" do homem armado."Posso falar que, no momento, foi tudo muito automático. Na hora em que eu escutei o disparo e ouvi meu parceiro gritando que tinha sido atingido, a primeira reação minha foi me abrigar, para depois conseguir repelir a injusta agressão. Após ter conseguido cessar a agressão, foi que eu consegui voltar até a viatura, pegar meu parceiro, colocá-lo no banco do passageiro e socorrê-lo até o hospital", relatou. O cabo ainda pontuou que, no momento da fiscalização do carro, o mecânico Fernando Paiano Gerônimo teria ficado “um pouco indignado por ter o veículo dele guinchado, porque já estava há alguns anos com o licenciamento atrasado”, mas enfatizou que o homem não havia mencionado nada sobre voltar até o local.“Ele foi liberado e foi embora a pé para a casa dele. Ele não falou que ia voltar e nem fazer nada. Foi inesperado, a gente estava aguardando o guincho chegar para remover o veículo até o pátio", acrescentou.O policial militar ainda explicou que foi foi a primeira experiência profissional dele envolvendo uma ação "desta forma"."Poderíamos, tanto eu quanto o meu parceiro, não estar aqui para estar contando essa história. Fica marcado, porque é algo inesperado, a cidade é pequena. Aqui foi a primeira vez que aconteceu, da forma como aconteceu. Eu e meu parceiro não queríamos este resultado final, porém, para salvaguardar as nossas vidas, não teve outro desfecho. Foi o único jeito de a gente se defender", concluiu Nascimento.
Comentários