Prefeito Vinicius Camarinha desativando radar na Avenida Tiradentes
O presidente da Empresa Municipal de Mobilidade Urbana de Marília (Emdurb), Paulo Alves, disse ao JORNAL DO POVO que prevê a convocação de entidades de classe, conselhos, Polícia Militar, Bombeiros, PRF, Polícia Civil, Associação dos Deficientes Físicos, engenheiros e técnicos, além de outros segmentos da sociedade civil organizada, para debates e apresentações de sugestões sobre radares fixos de controle de velocidade no perímetro urbano de Marília.
"Nosso objetivo com esses encontros é reunir uma série de dados e análises, bem como formatar estudos técnicos, para avaliarmos a questão de radares de forma técnica, racional e adequada, bem como os limites de velocidade adequados em cada trecho para aumentar a segurança no trânsito e evitar acidentes", explicou.
"O melhor modelo de educação no trânsito é não haver nenhuma infração por parte dos condutores. Vamos buscar as melhores alternativas no sentido de melhorar o trânsito, priorizando o melhor para todos", disse Paulo Alves.
No sábado passado (4), ele assinou portaria publicada no Diário Oficial do Município, suspendendo o funcionamento dos 21 radares instalados em maio de 2023 nas vias públicas de Marília.
No mesmo dia o prefeito Vinicius Camarinha (PSDB), promoveu um ato simbólico com a desativação de um dos radares instalados na Avenida Tiradentes.
"Os radares instalados pela gestão passada visavam apenas multar e arrecadar dinheiro, com grandes prejuízos para a sociedade, penalizando muito os trabalhadores, os motoboys. Uma forma irracional e injusta na qual colocamos fim", afirmou o presidente da Emdurb.
Ele observou que em trechos muito movimentados, como vias na zona oeste de Marília, onde ocorrem muitos acidentes, não foram instalados radares de controle de velocidade. Não houve estudo técnico como estatísticas de acidentes nos trechos que receberam os equipamentos. "Pior, instalaram radares junto aos semáforos com velocidade máxima de 40 km/h. Verdadeiras armadilhas para os condutores. A famosa indústria da multa".
Os radares instalados em Marília registraram quase 80 mil autuações em 18 meses de funcionamento, gerando cerca de R$ 13 milhões para os cofres públicos municipais. Foram alugados pela gestão passada ao custo de quase R$ 500 mil mensais junto à uma empresa de São Paulo.
RADARES CONECTADOS AO INFOSIGA
Os radares instalados em Marília continuam apontando limites de velocidade em painéis luminosos. Entretanto, mesmo que os condutores excedam os limites, não haverá autuações.
No caso dos radares instalados junto aos cruzamentos de vias públicas, continuam valendo as autuações registradas pelas câmeras sobre passar em sinal vermelho ou parar sobre as faixas de pedestres.
Os radares estão conectados por um sistema digital ao sistema Detecta do Infosiga (órgão vinculado ao Detran/SP), que registra passagens de veículos furtados ou roubados e repassa as informações de forma imediata para as autoridades competentes.
"Quero ressaltar mais uma vez que, apesar dos radares não estarem autuando condutores quanto aos limites de velocidade, existem as placas regulamentadas nas vias públicas, indicando os limites em cada trecho. E essas placas, esses limites devem ser respeitados pelos condutores de veículos. Isso é uma questão de consciência e responsabilidade", explicou Paulo Alves.
Ele disse que a Emdurb está preparando uma campanha educativa de trânsito e vem colocando agentes de trânsito em trechos onde estão instalados os radares. "Eles não usam equipamentos móveis de controle de velocidade, mas exercem a fiscalização como um todo e a presença física deles inibe os mais apressados", disse o presidente da Emdurb.
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