Uma pedagoga de 28 anos procurou a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em Marília, onde relatou que está casada há sete anos com um autônomo de 29 anos e há dois anos vem sendo agredida por ele. Inclusive quando estava grávida da filha que hoje tem 11 meses.
Disse que o acusado tem comportamento abusivo e machista, tratando a vítima como se fosse sua propriedade, obrigando-a a aceitar suas vontades, e quando a vítima contestava, era agredida fisicamente, inclusive acredita que a filha do casal tenha nascido prematuramente por conta de uma agressão que sofreu, onde o sujeito a empurrou e ela bateu com a barriga contra a pia e desmaiou. Mas mesmo assim não chegou a registrar ocorrência.
Declarou que já há algum tempo vem tentando se separar do acusado mas ele não aceita e diz que se a vítima casou com ele, tem que ficar com ele, e por conta da vontade da vítima de separar-se e ficar se esquivando das demonstrações de afeto do autor, esse já a vem agredindo quase que diariamente por duas semanas.
Ontem, novamente a vítima voltou a manifestar seu desejo de separar-se. O autor tentou beija-la, e ao recusar ser beijada, passou a ser agredida com socos, tapas e puxões de cabelo, vindo a cair no chão.
Enquanto estava caída o autor ainda a agrediu com tapas no rosto e a manteve imobilizada sentando-se sobe seu corpo, não tendo a vítima como se defender. Sendo assim as agressões somente cessaram quando o autor se levantou, pediu desculpas, dizendo que não queria ter feito aquilo, que a amava, que não iria se divorciar, que eles tinham que ficar juntos e que iria atrás da vítima até no inferno.
Depois que se levantou, a vítima foi para a sala, o autor foi atrás e voltou a dizer que não aceitaria separar-se e que a amava e quando a vítima respondeu que quem ama não fazia aquilo tipo de coisa, o autor agarrou, torceu seu braço esquerdo, mandando-a calar a boca e também puxou seus cabelos e desferiu socos na cabeça de braço direito.
Em decorrência das agressões a vítima apresenta diversas lesões pelo corpo, autorizando que fossem fotografadas e anexadas ao presente procedimento, sendo ainda expedida requisição de exame de corpo de delito.
Declarou que após as agressões, alguém ligou para o autor solicitando seus serviços e ele saiu. Diante dos fatos, temerosa por sua integridade física, procurou a DDM a fim de solicitar a aplicabilidade das medidas protetivas de urgência, solicitando consignar que pretende sair provisoriamente do imóvel até a decisão judicial e se hospedar na casa de sua genitora.
A DDM adorou as demais providências sobre o caso.
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