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Da redação

CASO MATSUNAGA: Polícia conclui que Elize agiu sozinha e arquiva inquérito. Marido baleado e esquart


Após seis anos, a Polícia Civil de São Paulo concluiu que a bacharel em direito, Elize Matsunaga agiu sozinha ao matar com um tiro de pistola na cabeça e esquartejar o marido, Marcos Kitano Matsunaga, em maio de 2012, em um apartamento na Zona Norte de São Paulo. A arma era dele, que ensinou a esposa a atirar.

As brigas do casal por ciúmes teriam motivado o bárbaro crime. Marcos, inclusive, tinha uma amante na fábrica da Yoki (da qual ele era herdeiro) aqui em Marília (fechada em 2015), a qual ele visitava. Elize era garota de programa, quando conheceu o empresário.

O Ministério Público suspeitava que Elize, condenada a quase 20 anos de reclusão, havia contado com a ajuda de uma terceira pessoa para praticar o crime, mas as investigações indicaram que isso não aconteceu.

Conforme o relatório de 21 páginas (divulgado pelo G-1) e assinado pelo delegado

Frederico Starosta. No relatório final da nova investigação do DHPP o que reforça a conclusão de que Elize agiu sozinha no crime é a maioria das respostas dadas aos 12 questionamentos feitos pela Promotoria.

O MP pediu, basicamente, mais perícias no prédio, além de reouvir mais de 30 pessoas que já prestaram depoimentos no caso e outras que ainda não tinham sido ouvidas. Mas tanto as provas técnicas quanto as testemunhas voltaram a negar ou desconhecer a participação de outra pessoa na cena do crime que não fosse Elize e Marcos.

Empregadas do casal, como as babás e cozinheira, e funcionários do condomínio, disseram não ter visto mais alguém do que Elize, Marcos e a filha do casal no dia do crime, divulgou o G-1.

CRIME PREMEDITADO


Em depoimento, um perito, durante o julgamento de Elize (em 2016), falou sobre o tipo de munição usada por Elize, uma bala de expansão.

"Foi usada uma munição especial, uma munição de defesa que tem o objetivo de defesa pessoal, de fazer o atacante parar antes de me atacar".

Os advogados (conforme o site R-7) queriam comprovar que ela agiu movida sobre forte emoção depois de uma discussão e após receber um tapa na cara de Marcos.

Para a acusação, ela premeditou o crime e surpreendeu o marido com um tiro na cabeça e iniciou o esquartejamento enquanto ele ainda estava vivo. Peritos ouvidos nos primeiros dias do júri

Sobre a informação de que o empresário morreu do traumatismo causado pela bala associado à asfixia de sangue, um legista disse que o sangue encontrado nos pulmões não necessariamente chegou lá por meio da respiração. Para ele, a fratura no crânio pode ter feito o sangue escorrer pelas vias respiratórias ou na hora do esquartejamento, por falta de uso de prática adequada para isso, o sangue do pescoço também pode ter descido para o pulmão.

"Pode ter sido uma dessas opções ou as duas. O sangue na via aérea não significa nada, não indica nem que morreu asfixiado nem que foi colocado ali em vida.O perito também foi categórico sobre a causa da morte de Marcos. Minha conclusão foi que a causa da morte foi o disparo de arma de fogo.Já em relação a distância do tiro".

ELIZE PEDIA PRATOS À MESA, MESMO APÓS A MORTE DO MARIDO

Governanta da família Matsunaga na época do assassinato de Marcos e uma das principais testemunhas da defesa de Elize, Neuza Gouveia da Silva prestou depoimento perante o júri.

Segundo ela, nos dias que sucederam a morte do marido, Elize pediu para que ela servisse a mesa normalmente para o casal. Só na quarta-feira, quatro dias após o crime, ela teria sido informada de que Marcos estava viajando.

Apesar da suposta demonstração de frieza, a governanta lembrou que Elize tinha falta de apetite na semana após a morte do marido. "Ela não tocava na comida", afirmou.

Neuza relatou, ainda, que Elize pediu para que ela fizesse um depósito de R$ 10 mil na conta de Marcos, após matá-lo, mas não soube precisar se a conta era conjunta.

FRIEZA E MALAS

Dezenove de maio de 2012. Passava das 19h, quando Marcos Matsunaga, 42 anos, executivo da Yoki, uma das maiores empresas do ramo alimentício do País, entra no elevador do prédio onde morava com a mulher, a bacharel em direito Elize Matsunaga, e a filha (então com dois anos de idade), carregando uma pizza. A imagem, captada pelas câmeras do edifício na Vila Lepoldina, zona oeste de São Paulo, foi a última dele com vida. Naquela noite, Matsunaga foi baleado na cabeça e, horas depois, esquartejado na cobertura onde vivia.

Ela ainda colocou as parte do corpo em malas, desceu pelo mesmo elevador, colocou no porta-malas do carro e foi desovando pela estrada rumo ao Estado do Paraná, para onde fugiu e ficou na casa de parentes, com a filha pequena.

Elize, inicialmente, tenta convencer a família do empresário de que o marido havia desaparecido. Dias depois, é presa e confessa o crime.

Um policial militar que havia parado o carro de Elize por excesso de velocidade quando a bacharel carregava as malas com o corpo de Marcos, disse que ela “estava sozinha e tranquila”. Elize cumpre a pena de prisão na penitenciária feminina de Tremembé, interior de São Paulo.











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